Criado pelo Decreto Governamental nº 20.889, de 07 de
fevereiro de 2000, o Parque Estadual da Pedra da Boca, localizado do município de
Araruna/PB, situa-se em zona fisiográfica de caatinga, no Planalto da
Borborema, na Mesorregião Geográfica do Agreste Paraibano e na Microrregião do
Curimataú Oriental, ocupa uma área total de 157,3 hectares de extensão
territorial. De clima semiárido – quente e seco, com estação chuvosa curta –
outono-inverno, precipitação de 800 a 1100 mm/ano.
Segundo Cavalcante (2008):
A região está
localizada na micro bacia do Rio Calabouço, rio de regime intermitente afluente
do Rio Curimataú, fronteira natural entre o estado da Paraíba e do Rio Grande
do Norte e importante manancial hídrico para a população que vive nas suas
margens e para a manutenção do equilíbrio biótico e abiótico da região.
Em decorrência do
uso inadequado dos recursos hídricos, a micro bacia do Rio Calabouço apresenta
sinais de impactos ambientais como a devastação da mata ciliar, empobrecimento do
solo devido ao manejo inadequado da exploração agrícola e pecuária, processo de
assoreamento gerando núcleos de degradação ambiental ao longo do curso do rio (Cavalcante,
2006).
Ambiente
fitogeográfico De acordo com o IBGE (1996), a vegetação é de Savana Estépica
nordestina − Caatinga, primitivamente arbustiva e arbórea, com pequenos resquícios
de mata serrana − uma vegetação subcaducifólia, que vem sofrendo fortes ações
antrópicas no tocante ao fornecimento de madeira e lenha para o uso humano e
para a criação do gado e plantios agrícolas. (CAVALCANTE, 2008, pág. 74)
A principal atividade desenvolvida
no Parque é o turismo que vária entre o turismo religioso (santuário de Nossa
Senhora de Fátima) ao turismo de aventura (Rapel, escalada, camping, caminhada etc.).
Além das práticas citadas, há também o “turismo cientifico escolar” que tem
grande destaque na região, como cita Cavalcante (2008):
A beleza cênica do
parque, formada pelo conjunto rochoso e pelos recursos faunísticos e fitogeográficos,
bem como pelos vestígios arqueológicos, é cenário e laboratório vivo de
pesquisadores de diversas instituições e localidades; são geógrafos, biólogos,
geólogos, turismólogos, historiadores, entre outros profissionais atraídos pela
diversidade ambiental e cultural do local.
O Parque Estadual da
Pedra da Boca também recebe alunos e professores das mais variadas modalidades
de ensino, do fundamental ao superior, encontrando no ambiente local a
possibilidade de vivenciar in loco o saber acadêmico da sala de aula. (CAVALCANTE,
2008, pág.77)
O grande atrativo do parque, sem dúvidas,
são as formações rochosas que exaltam a beleza da região, “de composição granítica porfirídica, com vestígios de
gnasses e quartzitos, que possuem faces arredondadas” (CAVALCANTE, 2008, pág.
75). Com destaque a rocha que deu nome ao parque, a pedra da boca, devido à
cavidade na rocha – ocorrida por processos físicos e químicos internos e
externos, que se assemelha a uma boca aberta. (ver figura 1).
Outro atrativo é a pedra da
santa, lugar de oração e encontro pessoal com Deus através da natureza, como
destaca Cavalcante (2008, pág. 75): “é point obrigatório de visita. Na
gruta, um antigo morador do lugar, o sr. Celso Lisboa (político, 1909-1990), construiu
um altar para a imagem de Nossa Senhora de Fátima.”
Todos esses atrativos, foram
os responsáveis para que ocorresse na manhã desta quinta-feira (01.10.2015) uma
aula de campo, com os alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental
Presidente Médici do município de Serra Caiada/RN, através do Professor Daris Firmino do Nascimento Junior e da Professora Ana Maria Moreira Claudino, os alunos aproveitaram o
máximo o momento de contato com a natureza e a cultura regional, através de
trilhas e da brilhante apresentação da Companhia de Dança e Cultura Popular Macambirais.
Na oportunidade o Professor
Daris, agradeceu aos Pais presentes na excursão, aos funcionários e a
Prefeitura Municipal de Serra Caiada/RN na pessoa da Prefeita Maria do Socorro dos Anjos Furtado, que não mediu esforços
para a realização do deslocamento dos alunos da sua cidade até o parque (uma
distância de aproximadamente 50 km).
Além de ser um grande laboratório a céu aberto, o Parque Estadual Pedra
da Boca é um grande atrativo Cultural, Religioso e Turístico. Não Perca tempo,
venha conhecer!
Referência:
CAVALCANTE. Márcio Balbino. Parque Estadual da Pedra da
Boca/PB: Um olhar sobre o planejamento do ecoturismo em Unidades de Conservação
na Paraíba. Caderno Virtual de Turismo. ISSN:
1677-6976 Vol. 8, N° 2 (2008). Pp. 69-80.





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